As múltiplas faces do Esoterismo e o Tarô |
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Compilação de Constantino K. Riemma
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O jogo de baralho já circulava por volta de quatro séculos na Europa, com finalidade de lazer, quando começaram a ser divulgados os primeiros estudos sobre seus aspectos simbólicos ou esotéricos e suas possíveis ou imaginárias origens ocultas. |
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Apresentamos, a seguir, uma súmula sobre cada figura marcante nessa nova e crescente linha de abordagem das cartas, incluindo links para estudos de aprofundamento. |
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Court de Gebelin |
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A publicação por Court de Gebelin (1719-1784) de Le Monde Primitif analysé et comparé avec le monde moderne (O mundo primitivo analisado e comparado com o mundo moderno), em 1775, constitui um marco importante na história moderna do Tarô. O baralho passa a ser considerado não apenas assunto de jogos de lazer ou de adivinhação e ingressa no rol de interesse dos esotéricos e intelectuais a partir do final do século 18. |
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É de Gebelin o primeiro texto de que se tem notícias que oferece outras informações simbólicas sobre as cartas que vão muito além do receituário para a cartomancia popular. |
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O papel de Court de Gebelin na história mais recente do tarô é discutido no tópico sobre as origens do jogo de cartas : Tarô egípicio? e Hipóteses
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Um bom artigo sobre Gebelin e seu papel na valorização esotérica e simbólica do tarô, foi elababorado por James W. Revak e traduzido por Alexsander Lepletier em Antoine Court de Gébelin: pai do tarô esotérico moderno : Antoine Court de Gébelin
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Original, em francês, "Du Jeu des Tarots", p.365-410, vol.8, Monde primitif... no qual Court de Gebelin sugere uma origem egípcia para o tarô e discute o significado e aplicação das cartas : http://www.tarock.info/gebelin.htm
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Etteilla - Jean-Baptiste Alliette |
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Etteilla, pseudônimo de Jean-Baptiste Alliette (1738-1791), também francês e contemporâneo de Gebelin, é outro nome de referência na história do Tarô, tanto pela divulgação do baralho quanto pelos livros que escreveu, Manière de se récréer avec le jeu de cartes nommées tarots (Maneira de se divertir com o jogo de cartas denominadas tarôs), em 1785, e pelo até hoje reeditado O Livro de Thoth, acompanhado das 78 cartas. |
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Etteilla não se prende aos aspectos simbólicos ou eruditos e se limita a apresentar um texto com indicações práticas que tiveram grande influência sobre os cartomantes da época, como foi o caso da conhecida e controversa Mademoisele Lenormand. |
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| • | O Livro de Thoth - Tarô de Etteilla. Resenha do historiador Giordano Berti sobre o livro e o jogo com 78 cartas, agora disponíveis no Brasil: O livro e o baralho | |
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| • | Etteilla e o seu tarô egípcio é um dos tópicos preparados por Constantino Riemma sobre os baralhos temáticos surgidos a partir de 1791: “Grande Etteilla” | |
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Etteilla e seu método divinatório. A primeira integração conhecida entre Tarô e Astrologia. Elizabeth Hazel e James W. Revak apresentam a técnica de tiragem de cartas segundo a proposta de Etteilla, traduzida por Alexsander de Abreu Lepletier. Para aqueles que têm alguma familiaridade com os símbolos astrológicos, oferece muitos estímulos para aprofundar a tiragem também conhecida por "Mandala astrológica": 1. Histórico, 2. O Método de Etteilla e 3. Exemplo
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Mais franceses |
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Eliphas Levi |
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Autor respeitado, Eliphas Levi (1810-1875) foi um filósofo, esoterista, que se dedicou ao estudo dos símbolos e que deixou muitos seguidores. Seminarista da Igreja Católica Romana, artista plástico, seu nome verdadeiro era Alphonse Louis Constant. |
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Em seu famoso livro "Dogma e ritual da Alta Magia" (1856), descreve o Tarô como uma síntese da ciência e chave universal da Cabala. Estabeleceu a correspondência entre as 22 letras do alfabeto hebraico, os 22 caminhos da Árvore da Vida – que ligam os Sephirot entre si – e os 22 trunfos ou Arcanos Maiores. |
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Ao invocar ao mesmo tempo a Cabala, a alquimia e a astrologia, bem como a tradição hermética, Eliphas Levi reiterava que o Tarô oculta os segredos dos antigos conhecimentos. |
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Eliphas Levi e Court de Gebelin são, de certo modo, dois marcos da profusão de publicações, irmandades e círculos esotéricos mais ou menos secretos que se espalhariam por toda Europa durante o século 19 e seguintes. |
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O Iniciado (ou O Recipiendário). Texto de Eliphas Levi em seu Dogma e Ritual da Alta Magia. Cap. I do 1º volume, em que trata da Unidade do dogma, da Disciplina e das qualidades exigidas do Adepto: A ciência que nos vem dos Magos
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Éliphas Lévi, sacerdote, radical, mago. Biografia do ocultista francês que ressalta seu papel no renascimento moderno da magia como caminho espiritual e no desenvolvimento do tarô esotérico. Elababorada por James W. Revak e traduzida por Alexsander Lepletier: Mago e tarólogo
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Biografia de Éliphas Lévi. Reprodução de texto da Sociedade de Ciências Antigas com ilustrações recolhidas pelo Clube do Tarô: Eliphas Levi
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Em seu Manifesto para o futuro do Tarô, Nei Naiff focaliza os principais autores envolvidos com o Tarô, no período em que as cartas ganham novas histórias e um novo status: História do Tarô
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História do esoterismo. Para compreender melhor o clima cultural da Europa nos séculos 18 e 19, e o surgimento de organizações ocultistas, consulte a tese de Rui Sá Silva Barros sobre esse período: Tomando o céu de assalto...
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Stanilas de Guaita |
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Outros nomes também se destacam nesse período efervescente, como é o caso de Stanislas de Guaita (1861-1897), fundador da "Ordem Kabalística da Rosacruz", que congregou muitos dos assim chamados "ocultistas" e "magos". |
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Oswald Wirth |
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Entre os estudiosos franceses desse período, muito próximo de Stanilas de Guaita, destaca-se Oswald Wirth (1860-1943), de origem suíça, autor de obras que se tornaram clássicas, como "O simbolismo hermético em suas relações com a alquimia e a franco-maçonaria", "O simbolismo astrológico" e, sobretudo, "O Tarô dos santeiros da Idade Média" (Le Tarot des imagiers du Moyen Âge). |
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Embora muitos autores queiram atribuir a Wirth a primeira tentativa de conceber e editar um Tarô especificamente esotérico, conhecido por Tarô Oswald Wirth, a série que idealizou e desenhou, em 1889, é visivelmente inspirada no no estilo do Tarô Clássico ou Tarô de Marselha. Além disso, ele ficou apenas na revisão dos arcanos maiores. |
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Nesse sentido, embora fosse maçom, seu trabalho não constituiu um "tarô maçônico", exclusivo, como alguns defendem, a menos que também se considere os desenhos dos antigos "cartiers" franceses, entre eles o jogo marselhês, como herdeiros dos antigos construtores das catedrais, o que aí, sim, seria cabível. |
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As imagens do Tarot de Oswald Wirth podem ser apreciadas numa das galerias do Clube do Tarô, onde são oferecidas algumas informações históricas sobre essas cartas: Galeria Wirth
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Oswald Wirth trabalhou os agrupamentos dos arcanos maiores, oferecendo exemplos estimuladores para o estudo de combinações em pares, grupos e tétrades. Conheça sua visão de conjunto dos arcanos: Indícios reveladores
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Flávio Alberoni, colaborador do Clube do Tarô, é um dos tarólogos que aplica a indicações dos pares dos arcanos, tal como proposto por Wirth. Veja exemplos de suas interpretações: Leituras
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Papus - Gérard Encause |
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Já um outro francês, contemporâneo de Oswald Wirth, inspirado nos esboços egípcios de Eliphas Levi, arriscou-se num novo desenho do Tarô. Foi ele Papus, nome ocultista utilizado por Gérard Encause (1865-1917), médico francês, fundador e líder da "Ordem espiritual e maçônica dos Martinistas", autor do Tarot des Bohémiens (Paris, 1889), obra até hoje traduzida e publicada em várias línguas, inclusive em português. |
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O desenhos originais do Tarô dos Boêmios, elaborados por Jean-Gabriel Goulinat, apareceram apenas reproduzidas no livro, publicado em 1889 e revisto em 1911. As estampas ganharam o formato de baralho somente quando seus desenhos originais foram reproduzidos e coloridos, em 1981. |
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Embora seja muito mais popular que Eliphas Levi e Oswald Wirth, há estudiosos, entre entre eles P. Ouspensky, que apontam deslizes e generalizações indevidas em seus textos. |
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Papus, médico e mago. Um apanhado da vida e obra de Gérard-Anaclet-Vincent Encausse (1868-1916) e sua influência nos estudos sobre a dimensão simbólica do tarô. Texto de James W. Revaktraduzido por Alesander Lepletier: Sua vida: estudante de medicina e de ocultismo
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Nei Naiff tem algumas observações pontuais sobre Papus: Manifesto...
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René Guénon |
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Na segunda metade do séc. 19 amplia-se a quantidade de escritores e publicações ligados ao esoterismo. Proliferam ordens, irmandades, sociedades, lojas, sob várias designações: rosacruzes, maçônicas, ocultistas, templárias, esotéricas, mágicas, secretas... Joio e trigo se misturam irremediavelmente. |
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No cenário contemporâneo e caótico, em que reina uma sintomática confusão entre o rito sagrado e a magia pessoal, entre o estar a serviço de algo mais alto e a busca de poder egóico, surge um pensador pontual e rigoroso diante das fantasias que continuam a proliferar no mundo moderno: René Guénon (1886-1951). |
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Sua experiência se diferencia em relação à maioria dos autores de seu tempo. Participou, durante sua formação, de várias escolas e passou por diversos ritos existentes na França. Teve, porém, a oportunidade de encontrar e de reconhecer outras fontes ligadas de modo mais direto aos ensinamentos tradicionais e soube propor uma clara distinção entre o sagrado e o profano, resultado de longos anos de trabalho. |
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Capa do livro de D. Gattegno
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René Guénon teve força e coragem para remar contra a maré e dedicou sua vida ao estudo e à transmissão do saber que se encontra além da ciência moderna. |
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A crise do mundo moderno, por René Guénon. Um estudo publicado pela primeira vez em 1927, mas que mantém uma inquietante atualidade em razão do agravamento dos indicadores apontados pelo autor: prevalência da quantidade sobre a qualidade, do profano sobre o sagrado, do poder pessoal sobre o servir. Tradução de Bete Torii: Baixar ou ler Formato pdf com 495KB. 108 págs. 14x21cm, imprimíveis em 54 folhas tamanho A4.
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Os símbolos da Ciência Sagrada. Quatro textos de René Guénon que tratam dos atributos fundamentais dos símbolos, que não podem ser confundidos ou reduzidos aos conceitos das ciências ou das psicologias modernas: Simbolismo tradicional
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Verdadeiros e falsos instutores espirituais. René Guénon oferece indicações para distinguir a verdadeira transmissão iniciática e os enganos e equívocos crescentes no mundo atual: Instrutores
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René Guénon - dados biográficos, por Antonio Carlos Carvalho, tradutor do livro A crise do mundo moderno para uma edição portuguesa: Biografia
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Os ingleses |
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Na esteira do que se passa no continente europeu, a Inglaterra é igualmente palco para personagens que incluem o Tarô em seus estudos. |
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MacGregor Mathers |
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MacGregor Mathers (1854-1918) obteve grande notoriedade e está associado ao ressurgimento do ocultismo e da magia na virada do século XIX. Ele adotou o nome "MacGregor" alegando ser uma herança das Highlands escocesas, embora nada confirme tal ligação. |
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Ligado a lojas maçônicas e a sociedades rosacrucianas, fundou com William Robert Woodman e William Wynn Westcott uma Ordem própria, a Golden Dawn ou "Aurora Dourada". Em seu livro "O Tarot: um pequeno tratado sobre a leitura das cartas", até hoje publicado e traduzido ao português, MacGregor Mathers propõe-se a dar aos seus leitores "uma idéia do profundo significado das cartas de Tarot e de como ele poderá ser utilizado para fins divinatórios". |
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Arthur Waite |
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Waite
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Entre os ingleses ligados aos estudos esotéricos e que se dedicaram ao tarô, Arthur Edward Waite (1857-1942) é um dos mais apreciados e traduzidos. Pesquisou em diversas fontes e escreveu vários livros, entre eles, The Key to the Tarot e The Holy Kabbalah. |
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Sob sua iniciativa e supervisão, um baralho de 78 cartas – conhecido como baralho Rider – foi desenhado por Pamela Colman Smith. |
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Esse baralho engrossa a tendência moderna de dar figurações aos Arcanos Menores, como recurso para traduzir de modo factual seus significados, o que acarreta, por outro lado, o empobrecimento simbólico. |
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O Tarô de Arthur Waite & Pamela Smith é situado por Constantino K. Riemma, que focaliza alguns aspectos críticos desse baralho que acabou por se tornar uma referência para os re-desenhos modernos: O Tarô de Waite
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O Tarô Rider-Waite, texto de Lívia Krassuski de apresentação do baralho e menções ao contexto no qual ele aparece, como é o caso do movimento Aurora Dourada (Golden Dawn): Introdução
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Aleister Crowley |
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Ao lado dos estudiosos e autores que se dedicaram ao propósito de investigar as correspondências entre o Tarô e demais linguagem simbólicas, tornou-se conhecido um outro nome bastante controvertido: Aleister Crowley (1875-1947). Seus dons, embora reais, foram utilizados segundo seus críticos de modo banal e repleto de fanfarrices. |
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Foi ele quem inspirou Lady Frieda Harris a redesenhar as cartas do Tarô. Esse trabalho, de apreciável valor estético, se afasta por completo dos desenhos clássicos dos arcanos. O Tarô de Crowley só foi impresso pela primeira vez em 1971, com o livro The Book of Thoth. |
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| • | Apresentação do Tarô de Crowley. Valéria Fernandes oferece indicações básicas sobre o Thoth Tarot desenhado por Frieda Harris: Um baralho com toque surrealista | |
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| • | O Tarô de Crowley-Harris ou Tarô de Thoth. Cláudio Carvalho, apresenta e discute a história da elaboração dos desenhos: Explicação do baralho | |
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| • | Heavy Metal: A Ponte entre Crowley e o mundo da Música. Simone Gomes Omega discute as relações dos metaleiros com a aura polêmica de Aleister Crowley: Provas das influências | |
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| • | A própria besta. Colin Wilson conta as peripécias, os poderes e a sombra de Crowley: O Oculto | |
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| • | Horóscopo de Crowley, análise dos astrólogos Elizabeth Nakata e Douglas Marnei: Mapa astral | |
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Dois russos: estudos em profundidade |
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Entre os estudos muito importantes sobre os fundamentos simbólicos do tarô, alguns deles representam um verdadeiro desafio para os iniciantes. É o caso de dois autores russos – Mebes e Tomberg – produziram obras que vão muito além do esoterismo para consumo em feiras e bijuterias. |
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G. O. Mebes |
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O professor e esoterista russo Gregory Ottonovich Mebes morreu em campo de concentração do regime comunista. |
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O que nos restou de seus cursos foram anotações de alunos, portanto sem muitas explicações de detalhes para aqueles que desconhecem a simbólica da Árvore de Vida e não participavam diretamente do contexto prático em que Mebes realizava o seu trabalho. |
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Mebes está longe do papel de personalidade popular, mas deixou para a posteridade importantes estímulos para novas direções de pesquisa sobre as cartas ao estabelecer inusitados nexos entre símbolos cabalísticos e os arcanos maiores e menores. |
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Enigmas do tarô de G. O. Mebes, trabalho de Constantino K. Riemma que reune referências obtidas com estudiosos russos: Os tarôs de GOM na Rússia
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Dados biográficos de Mebes, por Martha Pécher, tradutora dos livros de GOM para o português e publicados pela Editora Pensamento: Biografia
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Valentim Tomberg |
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Valentin Tomberg
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Outro nome que permanece afastado do espaço circence cultivado por algumas personalidades, mas que pode ser considerado como o autor mais consistente na indicação dos vínculos possível do tarô com diferentes correntes de ensinamento, é o de Valentim Tomberg, contemporâneo de Mebes e que conseguiu manter-se anônimo por algumas décadas. |
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Embora também dependamos de muito estudo para compreender todo o alcance das afirmações de Tomberg, o seu texto Meditações sobre os arcanos maiores do Tarô foi especialmente preparado para publicação e, dentro do possível, ele se mostra bem didático. Pode ser considerado como o ponto alto dos estudos sobre o Tarô. |
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Valentim Tomberg. Apresentação do livro Meditações sobre os 22 arcanos maiores do Tarô por Constantino K. Riemma: Anonimato e reconhecimento
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O cenário nas Américas |
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Dada a receptividade do tarô nas Américas, muitos livros foram publicados com ampla diversificação de público e de propósitos. Na maior parte dos casos consistem em manuais de introdução e estudo prático das cartas. Não vieram à luz pesquisas e tratados como aqueles que foram elaborados por autores europeus. A notável exceção, nesse sentido, é o trabalho do argentino J. Iglesias Janeiro, autor de La Cábala de Predición e criador de um tarô egípcio que obteve grande aceitação e que foi reproduzido inclusive pela USGames, a importante editora norte-americana de baralhos. |
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Entre os norte-americanos destaca-se a figura de Paul Foster Case, que se vinculou a fontes européias de linha rosa-cruz e Golden Down, entre outras. Escreve um livro sobre o tarô no qual revê e redesenha as cartas de Waite. |
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Também podem ser encontradas muitas adaptações do baralho tradicional às múltiplas referências culturais que ganharam espaço no continente, como é o caso das tradições africanas, indígenas, e do cenário cigano. Tratam-se, porém, na grande maioria dos casos de edições dos próprios autores, com distribuição limitada. |
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Indicamos, abaixo, links para artigos, resenhas e produções artísticas produzidos nas Américas ligados ao tarô: |
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La Cabala de Prediccion, de J. Iglesias Janeiro, tratado sobre as práticas mânticas e que inclui o seu Tarô Egípcio, apresentado por Eduardo Escalante: Resenha da obra
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| • | Os Arcanos da Era de Aquário – Henrique José de Souza. Resenha de Alexandre Domingues sobre os arcanos propostos pelo fundador da Eubiose: O Autor e seus arcanos | |
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Cartas, lâminas, arcanos |
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No clima europeu do século XIX, em que o Tarô foi revalorizado pelos estudiosos de temas esotéricos, torna-se compreensível que seria bem recebida a troca de termos para designar as cartas e o baralho. De fato foi o que aconteceu a partir da publicação, em 1865, da obra "L’homme rouge des Tuileries" de Paul Christian, pseudônimo de Jean-Baptiste Pitois (1811-1877). Discípulo de Eliphas Levi, atribui-se a Paul Christian ter "inventado os termos lâminase arcanos para designar as cartas dos Tarots". |
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A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se usual a utilização dos termos lâmina e, principalmente, arcano em substituição a carta. |
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Estudos sobre o esoterismo e o Tarô |
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| • | A escada mística do Tarô. Andrea Vitali oferece um belo e consistente texto que remonta às fontes medievais – cristãs e alquímicas – dos trunfos ou arcanos maiores. Referência segura para aqueles que buscam os fundamentos simbólicos das cartas, traduzida por Leonardo Chioda: História | |
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• | O herético no Tarô. Ricardo Pereira faz um levantamento das versões que cercam o surgimento do Tarô na Europa, a partir do Grande Cisma Cristão (1054), sua possível relação com os templários, movimentos esotéricos e as restrições clericais às cartas: O herético no Tarô |
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• | Tomando o céu de assalto – esoterismo, ciência e sociedade. 1848-1914 - França, Inglaterra e EUA. Rui Sá Silva Barros apresenta o quadro cultural e social, de 1848 a 1914, durante o qual ocorreu uma grande difusão dos ensinamentos herméticos. Desse movimento resultou, em meio a múltiplos impactos, teorias que afetaram profundamente a compreensão contemporânea do Tarô. Texto completo de tese de mestrado em História, pela USP. 374 págs. 14x21cm, imprimíveis em 187 folhas A4. PDF com 1.532 KB: Baixar |
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| • | Manifesto para o futuro do Tarô. Nesse texto Nei Naiff trata dos diferentes modos que as cartas têm sido utilizadas e repassa os principais registros históricos e autores, sob um olhar meticuloso e crítico. Uma boa ajuda para separar a história real e as fantasias: História do Tarô | |
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